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Estufas para laboratórios: Como escolher a melhor para o seu processo

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Estufas para laboratórios: como escolher a melhor para o seu processo

A utilização de estufas de laboratório é fundamental para garantir a segurança, eficácia e a preservação de amostras em condições ideais.

 

As estufas de laboratório são equipamentos essenciais projetados para fornecer um ambiente controlado de temperatura, utilizadas em uma variedade de processos. Elas permitem a manutenção de temperatura, necessárias para processos como secagem, esterilização, incubação e conservação de amostras.

 

A importância das estufas de laboratório está na sua capacidade de criar condições controladas que não podem ser facilmente alcançadas em um ambiente natural. Isso permite que os pesquisadores e analistas isolem e analisem os efeitos de variáveis específicas sobre suas amostras, tornando as estufas ferramentas indispensáveis em muitas áreas da pesquisa científica e da produção industrial.

 

Tipos de estufas de laboratório

Cada tipo de estufa de laboratório é projetada para atender a necessidades específicas. Elas proporcionam condições controladas para uma ampla gama de aplicações. A escolha da estufa adequada depende das características das amostras e dos objetivos do processo.

 

Estufas de secagem e esterilização

As estufas de secagem e esterilização são equipamentos projetados para remover a umidade e eliminar microrganismos de amostras e materiais de forma uniforme. Geralmente, as temperaturas nessas estufas podem chegar até altos valores.

 

Elas são essenciais em processos que requerem a eliminação completa de água ou solventes, como na preparação de amostras para análise química, na secagem de vidrarias e instrumentos de laboratório, na desidratação de alimentos, finalização de análises gravimétricas e também para esterilizar itens a altas temperaturas, eliminando microrganismos e contaminantes. Este tipo de estufa é indispensável em laboratórios onde a limpeza e a esterilidade dos equipamentos são fundamentais para evitar contaminações.

 

As principais características dessas estufas são precisão e estabilidade térmica para garantir que as amostras sejam secas uniformemente. Geralmente são feitas de aço inoxidável, para resistir a corrosão e facilitar a limpeza. Podem conter sistema de circulação de ar, acelerando o processo de secagem. São adequadas para esterilizar vidrarias, instrumentos de metal e alguns tipos de plásticos resistentes ao calor.

 

Temos as estufas para secagem e esterilização modelos TE-393/80L e TE-393/180L, que possuem as seguintes características técnicas (podendo variar de acordo com o modelo): faixa de temperatura ambiente + 7°C a 200°C, sistema de proteção contra superaquecimento e volumes de 80 ou 180 litros. A TE-393/80L é usada apenas para secagem de vidrarias e materiais em geral. Já a TE-393/180L pode ser usada para vidrarias, materiais e amostras em geral.

Também oferecemos estufas com sistema de circulação forçada e renovação de ar, que substituem o ar úmido dentro da câmara por ar novo e seco, acelerando assim o processo de secagem. Nessas estufas, pode-se escolher o tipo de circulação de ar. Na circulação fechada, o mesmo ar será circulado dentro da estufa, o que proporciona temperatura mais homogênea, mas não é indicada para materiais com alta taxa de umidade, por impedir a saída do vapor. Com a renovação de ar, a estufa manterá o ar renovado e circulando internamente, sendo ideal para amostras com solventes, isso diminui o risco de formação de gases.

 

As estufas com circulação e renovação de ar podem ser dos seguintes modelos: TE-394/1-MP (64 litros), TE-394/2-MP (220 litros), TE-394/3-MP (528 litros), TE-394/4-MP (1.285 litros), TE-394/5-MP (1.516 litros e usada para secagem de solos e folhas) e TE-394/7-MP (2.040 litros). Essas estufas possuem faixa de temperatura de ambiente + 7°C a 150°C, ambiente + 7°C até 70°C (TE-394/5-MP) ou ambiente + 7°C até 180°C (TE-394/7-MP), ventilação interna no sentido horizontal, sistema manual para selecionar o tipo de circulação e sistema de proteção contra superaquecimento. 

Estufas de vácuo

As estufas de vácuo são utilizadas para secagem e desidratação de amostras sensíveis ao calor ou que podem se decompor em altas temperaturas. Elas operam removendo o ar e o vapor de água em uma câmara selada, permitindo a secagem a temperaturas mais baixas e sem oxidação.

 

Ao remover o ar e reduzir a pressão no interior da câmara, estas estufas permitem a evaporação da umidade a temperaturas mais baixas do que as necessárias em condições atmosféricas normais. Isso minimiza o risco de degradação térmica dos materiais. Elas são amplamente usadas na indústria e em laboratórios de pesquisa para secagem de amostras, materiais delicados e substâncias químicas que podem reagir com o ar.

 

A estufa a vácuo TE-395 opera na faixa de temperatura de ambiente + 7°C a 200°C, tem capacidade para 2 bandejas, porta de visualização de vidro duplo temperado, sistema de proteção contra superaquecimento, conexões de vácuo e ventilação com registros independentes e volume de 29 litros.

Estufas bacteriológicas

As estufas bacteriológicas são projetadas para fornecer um ambiente controlado e estável para o crescimento e incubação de culturas microbiológicas. Mantendo uma temperatura constante, geralmente entre 35°C e 37°C, essas estufas são usadas para monitoramento de crescimento de microrganismos para estudos e processos.

 

Estufas bacteriológicas Tecnal, modelos TE-392/170L e TE-392/93L são usadas para incubação de meios de cultura inoculados e monitoramento de crescimento microbiano. Suas principais características, podendo variar de acordo com o modelo: faixa de temperatura de ambiente + 7ºC a 60°C, capacidade para 4 ou 5 bandejas, sistema de ventilação interna forçada no centro, câmara interna em aço inox, porta interna de visualização em vidro temperado e volume de 93 ou 170 litros.

Estufas Spencer

As estufas Spencer são projetadas para processos de secagem de amostras de bagaço de cana, torta de filtro, forragens e cavacos de madeira, para determinação de umidade. Essa estufa funciona com ar quente soprado na parte inferior do equipamento, que atravessa um cesto de tela. O ar quente entra em contato com as amostras úmidas, contida no cesto, fazendo que a secagem seja mais rápida em comparação com um a estufa normal.

 

A estufa spencer modelo TE-060/1 permite o uso de faixa de temperatura de ambiente +7°C a 120°C e temporizador com desligamento automático do aquecimento.

Estufas de pepsina

As estufas para digestibilidade em pepsina realizam agitação constante sob temperatura controlada de amostra de origem animal com adição de pepsina para determinação da solubilidade proteica. Nessa estufa, a digestão é realizada em agitação constante, a amostra é incubada em frascos com a solução de pepsina e ácido clorídrico e permanecem em temperatura e agitação constante.

 

A estufa para digestibilidade em pepsina modelo TE-029/1 opera em faixa de temperatura de ambiente + 7°C a 60°C, o range de agitação vai de 5 a 50 RPM, amplitude de agitação de 360° e acompanha 20 frascos de vidro de 250 ml.

Estufa com agitação para síntese

As estufas com agitação para sínteses são usadas em laboratórios de análise química especialmente para processos de síntese que ocorrem através de reações por aquecimento, pressão e/ou agitação de duas ou mais moléculas para formar uma molécula maior e mais complexa. Pode-se usar a estufa modelo TE-028, que tem faixa de temperatura de ambiente + 7°C a 200°C, rotação fixa de 60 RPM, amplitude de agitação 360°, temporizador e capacidade para 28 provas.

Estufa com agitação orbital

Estufas com agitação orbital são equipamentos usados para incubar amostras enquanto as mantém em constante movimento orbital. Essa combinação de temperatura controlada e agitação contínua é usada em diversas aplicações científicas, incluindo o cultivo de microrganismos, células e a realização de reações químicas. A agitação orbital promove uma mistura homogênea do conteúdo da amostra, garantindo que todos os componentes recebam igual exposição às condições de incubação.

 

A estufa com agitação orbital TE-4080 tem faixa de temperatura de ambiente + 7ºC a 80ºC e a rotação por minuto (RPM) vai de 0 a 250. Essa estufa permite a escolha do número de provas (Erlenmeyer), podendo ser: 20 amostras de 125 ml, 20 amostras de 250 ml, 12 amostras de 500 ml, ou 5 amostras de 1000 ml.


Tipos de amostras usadas em estufas e como fazer a escolha

Veremos os diferentes tipos de amostras que podem ser utilizadas em estufas de laboratório e como selecionar a estufa adequada para cada tipo de amostra.

 

Amostras sólidas:

  • Vidro e metal: Utilizados frequentemente em processos de esterilização e secagem. Esses materiais suportam altas temperaturas sem degradação. 
  • Pó e grânulos: Comuns em secagem de materiais químicos e farmacêuticos. Necessitam de uniformidade de temperatura para evitar aglomeração. 
  • Material orgânico: Amostras biológicas ou alimentares que requerem condições controladas de temperatura para secagem.

 

Amostras líquidas:

  • Soluções e reagentes: A temperatura e o tempo devem ser controlados para evitar a degradação dos componentes. 
  • Meios de cultura: Utilizados em microbiologia para cultivar microrganismos. Requerem condições específicas de temperatura para promover o crescimento adequado.

 

Como escolher a estufa adequada

A escolha da estufa adequada para suas amostras é um importante passo para conseguir precisão nos processos laboratoriais. Compreender os diferentes tipos de amostras e os requisitos específicos de cada processo ajuda a selecionar a estufa ideal, permitindo a obtenção de bons resultados e integridade das amostras.

 

Tipo de processo:

  • Secagem: Estufas de secagem são ideais para remover a umidade de amostras sólidas ou líquidas. 
  • Esterilização: Para esterilizar amostras, escolha estufas de esterilização que possam atingir e manter altas temperaturas. 
  • Cultivo microbiológico: Utilize estufas de cultura microbiológica que forneçam condições ideais para incubação de meios de cultura inoculados.

 

Sensibilidade da amostra:

  • Certifique-se de que a estufa pode operar na faixa de temperatura necessária para o seu processo específico. 
  • Alta sensibilidade ao calor: Para amostras sensíveis ao calor, como materiais orgânicos ou biológicos, considere usar estufas de vácuo que permitam secagem a temperaturas mais baixas. 
  • Resistência ao calor: Materiais como vidro e metal podem ser processados em estufas de alta temperatura sem risco de dano.

 

Tamanho e volume da amostra:

  • Pequenas amostras: Estufas com menor capacidade são ideais para pequenas quantidades de amostras. 
  • Grandes volumes: Estufas de grande capacidade são necessárias para processar grandes volumes de amostras de uma vez, agilizando processos.

 

Considerações finais

Os diferentes tipos de estufas laboratoriais são uteis em uma ampla gama de aplicações científicas e industriais. Desde a secagem de solos, folhas, alimentos até a esterilização de instrumentos e incubação de culturas microbiológicas, cada tipo de estufa é projetado para atender necessidades específicas. A escolha da estufa adequada para cada aplicação otimiza os processos laboratoriais e industriais e mantém a integridade das amostras e produtos.

 

Ficou interessado em saber mais sobre as nossas estufas? Em nosso blog, você tem acesso ao artigo “Esterilização de instrumentos/materiais de laboratório por calor úmido (autoclave) e calor seco (estufa)” e outros conteúdos.  

 

Referências bibliográficas

PAIVA, R. M. C. et al. Emprego de métodos físicos e químicos para esterilização do instrumental ortodôntico. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio Verde, v. 4, n. 1, 2014.

TECNAL. Esterilização de instrumentos/materiais de laboratório por calor úmido (autoclave) e calor seco (estufa). Blog Tecnal.